O médico cirurgião gástrico, Alfredo Carlos Dias Mattos Junior, de 58 anos, foi preso na tarde desta sexta-feira (14), acusado de ter estuprado uma adolescente de 17 anos durante uma consulta em um hospital de Goiânia. O cirurgião já havia sido condenado em 1990 a 19 anos de prisão por ter assassinado a ex-mulher.
O criminoso foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Goiás por ter estuprado a jovem no Hospital Ruy Azeredo, onde atuava como cirurgião gástrico. De acordo com o documento do MPGO, a garota relatou que sentia fortes dores no estômago e resolveu procurar o médico. Após um retorno para apresentar os exames solicitados, o médico afirmou que ela teria "antersão do útero", conhecida como "útero invertido", e que essa seria a causa das dores.
Em detalhes, o documento do MPGO revela que o médico pediu à adolescente que se despisse e se deitasse na maca, alegando que faria a correção do útero ali mesmo no consultório. O texto afirma que Alfredo começou os abusos acariciando os seios da jovem e dizendo que estava ensinando-a a fazer o autoexame.
"Mais adiante, o denunciado, já com luvas, introduziu os dedos na vagina da garota, manipulando o órgão genital por cerca de um minuto e meio sob o pretexto de que estava colocando o útero no lugar", diz o documento.
A mãe da menina, que acompanhava o procedimento, pediu ao médico que parasse, pois a filha estava sentindo muita dor. Foi então que o cirurgião afirmou ter colocado o útero no lugar.
O Portal O Vale Agora procurou o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) que informou não ter sido notificado pela Justiça sobre o caso e o Hospital Ruy Azeredo, aformou em nota que Alfredo não faz parte da equipe de colaboradores desde o dia 18 de fevereiro de 2025. A defesa do médico alegou que ele é inocente e possui mais de 30 anos de profissão sem qualquer histórico de conduta inadequada. O advogado ainda solicitou serenidade e rigor técnico para evitar pré-julgamentos.
Morte da Ex-Mulher
O delegado Humberto Teófilo explicou à nossa reportagem que o médico já havia sido condenado em 1990 por ter assassinado a ex-mulher ao trocar o soro que estava sendo administrado na veia dela por álcool.
"Ele dopou a ex-mulher trocando o soro por álcool e administrou a medicação para ela. Ela não resistiu e morreu no hospital. Para conseguir matar a ex-esposa, Alberto dopou também a ex-sogra, que estava no quarto acompanhando a filha", relatou o delegado.