A Polícia Civil de Goiás (PCGO) e a Vigilância Municipal de Goiânia realizaram uma operação na manhã desta quinta-feira (15) em um hospital localizado na Rua 9 do Setor Marista, onde o diretor da unidade foi preso por descumprir normas sanitárias do município. A ação ocorreu após a Vigilância Municipal intervir em resposta a denúncias sobre a continuidade das atividades no hospital na ala de urgência e emergência, que havia sido interditada parcialmente no dia 30 de abril.
Mesmo após a interdição, o hospital continuou a receber pacientes, tanto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) quanto no ambulatório de emergência, o que levou à interdição definitiva da unidade de saúde hoje. Os agentes da Vigilância confirmaram, ontem (14), que o hospital estava atendendo nas alas interditadas, desrespeitando as ordens de interdição mesmo após notificações.
Diante da situação alarmante, nesta quinta-feira (15), a Vigilância Sanitária acionou a Polícia Civil, que prendeu o diretor da unidade, enquadrando-o no crime de infração de medidas sanitárias preventivas, previsto no artigo 268 do Código Penal, que pode resultar em pena de detenção de até um ano.
Saiba quais irregularidades estavam acontecendo no hospital:
Durante as investigações, a polícia descobriu que os funcionários enfrentavam atrasos nos salários e não estavam recebendo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Além disso, os colaboradores e pacientes não tinham conhecimento da interdição realizada no hospital, sendo expostos a riscos de contaminação.
Ao Vale Agora, a polícia confirmou que foi verificado ainda que as áreas de urgência estavam funcionando de maneira irregular e sem equipes médicas completas, o que agravava a situação de risco à saúde dos pacientes no local.
Segundo a Polícia Civil, o diretor segue preso e está à disposição da Justiça. A Vigilância continua em diligências para apurar outras possíveis irregularidades na unidade.